sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

FILME: Perdas e Danos revisto.....

Perdas e Danos (1992) com Jeremy Airons e Juliette Binoche é um daqueles filmes atemporais, é sensual ao extremo e explora de forma muito convincente a dor das relações interpessoais mal resolvidas, ou, resolvidas fora das convenções aceitas pela maioria, ou seja, mal resolvidas!!
De qualquer forma, a trama nos mostra sem rodeios a especificidade da dor do amor. Por mais saudável que seja, e mesmo que estejamos colhendo todos os seus frutos o amor verdadeiro sempre dói um pouco! É natural que seja assim.

O filme mostra a vulnerabilidade resultante do querer ter e do perder mas , sobretudo a incapacidade de se reparar o dano da perda. (ficou confuso?? é só ler de novo...rsss...).

Em todos os momentos desse filme o amor dói e incomoda, mas no final o que prevalece é o prazer, porque vale muito a pena ver ou rever... eu, revi!

Impossivel se manter indiferente!!

Angela R.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

FOTOGRAFIA: ao desafiar o medo dele tive a certeza do prazer de fotografar bichos


Sempre tive uma relação muito interessante com os bichos. Apesar de temê-los sempre os achei sedutore; são absolutamente espontâneos. Se gostam, fazem festa, se se sentem incomodados avisam sem receios.



Quando comecei a fotografar, naturalmente cheguei a eles, tentando captar sobretudo um olhar, assustado, desconfortável, desafiador, sonolento, enfim, o que me seduz é ser observada por eles. Tentar captar o que não conseguiria expressar por outros meios.
Essa foto em particular, foi interessante, pois apesar de assustador e de um "design" (rsssss) multifacetado, cheguei bem perto; e o fotografei em seu habitat natural (Rondonópolis/MT).
Meu corpo sentiu medo,além de grande ele estava trocando de pele!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! como se pode observar no detalhe !!!!!!
Como já disse em outros momentos, gosto é gosto!! mas que ele é fotogênico, não há como negar!!
Angela R.

domingo, 25 de janeiro de 2009

FOTOGRAFIA: eles sempre pousam para mim!

Essas, são algumas das minhas preferidas.






A arara azul me obrigou a ir no meio de um nada onde repousava ha muito, uma árvore morta... (Rondonópolis/MT)
A galinha, linda, uma das que mais gosto, fui buscar junto à cavalos, carneiros e muitas galinhas de angola me avisando que aquele não era o meu lugar..... (Rondonópolis/MT)
O bode, meio rebelde, imponente me fez ignorar as advertencias, fiquei muito próxima a ele (Itaberá/SP).
Fotografando bichos, domo meus medos!

RECEITA: risoto/salmão/ vinho

Penso que se alguém que entende de gastronomia ler a receita de hoje, certamente vai achar que cometi algumas heresias....rsss.... vinho tinto em risoto de espinafre e brócolis, cúrcuma, alho, noz moscada, creme de leite e muito queijo ralado.... acompanhado de salmão com creme de alho e alcaparraz... (usei um vinho tinto seco - merlot - e arroz próprio para risoto).

Adoro temperos, mas confesso que no final não consegui identificar o q prevaleceu.... ficou delicioso, mas para uma única refeição, pq em quaisquer circunstâncias, muitas misturas não funcionam por muito tempo, confundem os sentidos e por conseguinte, o prazer dos sentidos.... ABRE PARÊNTESES: hoje percebo que a capacidade de escolha geralmente está associada à capacidade de querer o menos do melhor que conhecemos.... isso facilita a vida, nos faz melhores!!!!!! FECHA PARÊNTESES!!

quanto aos pratos segui a seguinte ordem:

risoto:
azeite, alho, arroz, vinho, espinafre, brócolis, noz moscada, cúrcuma, sal, creme de leite e queijo ralado, fica bem cremoso!!

Salmão:
pasta de alho, azeite, tomate, sal, alcaparraz envoltos em papel alumínio.

Comi com o vinho tinto, afinal já estava aberto....rsssss

bon appetit!!

Angela R.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

FILME: O fantasma da Ópera

Geralmente um convite para habitarmos outros cômodos nos faz tirar a máscara!!
Tirá-la de vez e assumir as adversidades parece interessante, mas nem sempre se sobrevive a isso!!

O amor à arte e o espaço que lhe é reservado são talvez os personagens mais interessantes desse musical. Quando amalgamada às dicotomias belo/ feio, novo/velho, palco/porão, amor/gratidão a música seduz mas também instiga a repulsa, ensina, mas cobra um débito impagável...e nesse sentido a Ópera instiga (será??) uma reflexão sobre algumas de nossas escolhas.

Máscaras!!!!! Difícil decifrá-las, mas muitas vezes simplesmente ocultam o que não precisa ser visto!

Comunicação!!!!!! Certamente a não verbal é a mais eficaz!!

Fantasmas!!!! Nos assombram mas nem por isso deixam de ser uma opção, a adesão ao previsível nem sempre nos satisfaz!!

Maniqueísmo!!! Há muito deixou de ser defensável....

Nem sempre é fácil optarmos pelo palco ou pelo porão, sobretudo em função da complexidade do enredo!!

Ah! O musical??

Um pouco cansativo, mas é uma ótima escolha!!vale super a pena!!

MODA: a roupa da moça da roça

Ver roupas executadas a partir de um processo de criação absolutamente intuitivo é realmente uma experiência encantadora. Vi as peças e perguntei a ela, na linguagem dela claro, quais eram suas referências criativas. A resposta foi rápida e objetiva: sou da roça, não vejo revista para criar roupas não!!

Conversamos deliciosamente. Explicando alguns conceitos acadêmicos que faziam seus olhos brilharem, aprendi com ela.

A relação do criador com sua criação é mesmo muito peculiar, sobretudo quando a fruição prevalece. E, em se tratando de Moda, nem sempre deu-se a devida atenção aos que tem uma forte relação com ela, sem contudo, ter ciência de todas as suas interfaces antropológicas, culturais, econômicas, sociais, políticas, etc, etc, etc, .....

Hoje, está na moda, o artesanal, o marginal, o natural, o vintage... A roupa parece requerer a sua aura, perdida sobretudo com o prêt-à-porter. Mas, para o criador a consciência dessa perda, compromete a aura, a torna novamente contaminada... E é por isso, que o criador que prescinde das tendências para criar se torna tão especial.

Em seu cartão de visitas ela e sua criação se confundem. Nele, lê-se apenas: ZEFFA CONFECÇÕES em artesanato algodão cru e seda (sic).

Eu, adorei! Preciso reler os frankfurtianos!!

VIAGEM: somos melhores na volta?

Descubra o prazer de viajar: esse deveria ser um imperativo categórico.

Mas não basta pegar a rodovia, voar, navegar, se nos mantivermos em nossos casulos.... é saindo deles, e nos expondo a outros ares, seres, modos, vocábulos, gostos, cheiros, sons, que nos percebemos melhor.....

Despidos do familiar, somos testados a todo instante e para que o novo realmente valha a pena temos que aderir quase que a um mimetismo comportamental. Tentar viver o diferente como se fosse o nosso igual, encarnar aquilo que temos de melhor para que nossos medos, nossos verbos, nossos sentidos não se enganem, não nos enganem e não enganem o anfitrião.

Ir nos ensina algo, mas é a volta que nos põe à prova!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

DESCONECTADA: AO SOM DA NATUREZA

... IMPOSSÍVEL DESCREVER O SOM DA NATUREZA POR AQUI!

LOGO ME RECONECTO AO MUNDO REAL!

AOS AMIGOS BEIJOS COM CARINHO!