A Professora de Piano, é um filme para poucos.
É visceral, indigesto, feio, mas indiscutivelmente perturbador.
O diretor é fantástico, nos prende mesmo nos enojando a cada cena; a atuação de Isabelle Huppert é fascinante; a personagem prescinde de palavras para nos fazer ouvir um corpo em desespero, judiado, embotado, impossibilitado da fruição. Tudo nele é proibido, cerceado, a abstinência que o aflige maximiza uma existência indiscutivelmente cartesiana;
A pianista dá á sua existência metafísica o melhor dos alimentos e mortifica seu corpo da forma mais vil e auto-destrutiva. Tira-lhe o direito da fruição, do prazer, do êxtase, da calmaria que apenas um toque pacífico pode assegurar. Ela o violenta o tempo todo e busca no outro apenas a possibilidade de se tornar o nada...
O diretor é fantástico, nos prende mesmo nos enojando a cada cena; a atuação de Isabelle Huppert é fascinante; a personagem prescinde de palavras para nos fazer ouvir um corpo em desespero, judiado, embotado, impossibilitado da fruição. Tudo nele é proibido, cerceado, a abstinência que o aflige maximiza uma existência indiscutivelmente cartesiana;
A pianista dá á sua existência metafísica o melhor dos alimentos e mortifica seu corpo da forma mais vil e auto-destrutiva. Tira-lhe o direito da fruição, do prazer, do êxtase, da calmaria que apenas um toque pacífico pode assegurar. Ela o violenta o tempo todo e busca no outro apenas a possibilidade de se tornar o nada...
Talvez ter vivido na bela vista explique algo... talvez!
Lê, valeu!
Minha amiga para você que me conhece bem, sabe o quanto sou um redemoinho de palavras, uma metralhadora de sons. Precisei de um longo silêncio depois deste filme. Por falar em silêncio, aqui em Stockholm estou aprendendo a viver nele e sorver o melhor da quietudo. Por falar em Suécia, por acaso já assistiu "minha vida de cachorro"?
ResponderExcluir