terça-feira, 21 de abril de 2009

FILME: O clube de leitura de Jane Austen






























essa seria uma indicação exclusiva a mulheres, mas melhor evitar unidimensionalidades, Marcuse não me perdoaria....

O quotidiano tem o poder de embotar nossa sensibilidade. Corremos o risco de nos alimentarmos de sensações contaminadas por impurezas da percepção tátil; de nos deixamos seduzir pela visão desprovida da acuidade necessária para enxergarmos o que vemos; corremos o risco de perdermos a capacidade de abstrair os ruídos que colapsam comunicações de todos os tipos e de confundirmos malbec, cabernet salvignon, carmenere. Cheiros e gostos perdem as especificidades, denunciando as fraquesas até mesmo de um sommelier ....

Nessa confusão, que pode acometer a todos, surgem mecanismos interessantes de defesa do mimetismo da pirataria de vinho, de cheiro, de gostos, de textura, de pessoas...

Mas a confusão pode estereotipar, e a estereotipia confundir, ai o circulo é eterno... Pedem-se parâmetros: trocam-se pessoas por bichos, fantasia pela realidade, aventuras por amores, estabilidade por satisfação, solidão por insatisfação....

O CLUBE DE LEITURA DE JANE AUSTEN (2008) explora tudo isso lindamente. Brinca com as palavras e as tramas pessoais de forma absurdamente simples. Talvez isso assegure ao filme um tom de sofisticação nem sempre visto...

Difícil não se identificar com alguma delas,

Eu adorei!!

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