segunda-feira, 24 de agosto de 2009

RECEITA: a delicia da simplicidade...

Há muito não comia receitas de mâe, que, para mim, é comida simples, com doses caprichosas de temperos. É sempre previsivel, mas surpreendente ... Com saudade, tentei ... e ficou delicioso... como acho complicado fazer feijão, comprei pronto em umas embalagens à vacuo, é super prático e muito bom. Fiz arroz branco, resisti bravamente: nada de ervas finas, de vinhos, de gostos e cheiros diferentes; retemperei o feijão, fiz salada de tomates com muita cebola e pimenta do reino moida na hora, e fritei um bife de carne vermelha (algo raro de acontecer na minha casa). Apenas isso, foi um almoço de mãe, portanto, dos deuses.....

FILME: Sexo com amor?

Estava em débito com as produções nacionais, mas agora elas estão em débito comigo!
Sexo e amor, são sempre vitais, energizantes, lindos, lúdicos, impresciendíveis também para as grandes telas. Mas, Sexo com amor? (2008) não energiza, não é lindo, não é quase nada, na tela pequena é apenas pouco engraçado, apesar de um roteiro, interessantíssimo...
As atuações de Reynaldo Gianechini (por incrivel que pareça), de Maria Clara Gueiros (como era de se esperar) e de Eri Jonhson são muito boas! o que amenizou um pouco minhas frustrações.

FILME: Minha vida na outra vida


Li Alan Kardec na adolescencia, fiquei bravissima na época! Mas, independente de credulidades, assisti Minha vida na outra vida (2000). Não que seja insensível, muito pelo contrário, mas raramente o cinema me faz chorar. Não foi o que aconteceu ao ver esse filme. Lembranças, cheiros, sonhos, etc etc etc etc etc etc etc etc etc etc..... e as vezes um filme, que em suas últimas cenas, com pouquissima ou quase nenhuma nitidez, são revistas, vistas novamente, e mais uma vez.
Não sei como seria a releitura.

sábado, 15 de agosto de 2009

FILMES: à espera de comentarios

Vi várias coisas que pedem boas postagens... como estou fazendo coisas ainda mais prazerosas, por ora, vão apenas as indicações:

estou (re) lendo O alienista de Machado de Assis e a leitura me remeteu à UM ESTRANHO NO NINHO (1975)... sempre valerá.

só o ver na tela as telas de Kirchner, O beijo e outras mais, já é uma motivação que prescinde de mais... UM LUGAR NA PLATÉIA...

A direção fantástica, numa produção "independente" com câmaras nas mâos, desbanca as grandes : O CASAMENTO DE RACHEL.. dentre muitas mais, a marcha nupcial na guitarra eletrica... lindo!

e com esse titulo, como resistir? MEDOS PRIVADOS EM LUGARES PÚBLICOS...


...dentre uma tela e outra da sétima arte, sai para uma exposição com gengibirra e muito mais...

KIKA: mas, a foto não é minha...

e ela, continua assim!! as vezes tem algumas confusões mentais, agora, anda dando uma de papagaio carente, tudo o que quer é um ombro, nem importa muito se amigo ou não, já teve tempo de se definir em termos de personalidade, mas ela ainda prefere miar... ou latir com uma gatinha!! e assim, dentre uma encenação e outra, sempre nos rendemos a ela!

sábado, 8 de agosto de 2009

FILME: Marquise....


Vi há alguns dias e, como não tenho memória, vou tentar visitar meu subconsciente....

tic tac

tic tac

tic tac....

bom, Marquise retata o teatro francês do século XVII através da vida de uma bailarina que conquista Du Parc -ator comico da companhia de Molière - para, chegar em Paris e se tornar a intèrprete favorita das tragédias de Racine... ela nasce com a comédia e morre, literalmente com a tragédia... por se tratar da história de uma mulher que não nega seu corpo e muito menos sua alma para e pela arte, Marquise nos questiona sobre nossas doações... sobre o que hoje valeria nossa existencia ... nossa energia, nossa força....nosso corpo, e mais que isso, nossa transcendência...

sábado, 1 de agosto de 2009

FILME E RECEITA: A festa de Babette e outra delicia...


Tenho postado impressões sobre vários filmes, algumas mal humoradas admito, outras excessivamente parciais, subjetivas, apaixonadas... meu universo é meu umbigo e muitas vezes vejo na tela roteiros que, certamente estáo em total dessintonia com o que se quis mostrar... Mas, independentemente de saber como minhas impressões soam para eventuais leitores, meu prazer maior é sempre brincar com as palavras, e fazer com que elas me guiem em vários momentos em que me faltam argumentos para aclamar ou redinamizar roteiros, valores, atores...
Na postagem anterior, disse que As sombras de Goya certamente ficaria entre meus prediletos, mas tão logo vi o proximo, já mudei de idéia... A FESTA DE BABETTE, é certamente o melhor filme que vi, neste ano.
É adorável, propicia a experiência da alteridade, e com ela, a percepção de que a calmaria traz uma leveza nem sempre experenciada na cotidianidade. A unidimensionalidade da existência de mulheres que, optaram por ela, é realmente deliciosa! O filme dinamarquez não é de inquietar como a grande maioria que me seduz tanto, mas, muito sutilmente sugere algo...
A sinergia de imagem e sabores é inspiradora para os amantes dos seus próprios sentidos!
Penso que a "objetividade" da crítica especializada compromente profundamente nossas impressôes... portanto, NUNCA devem ser lidas antes de olharmos a tela!! ESSA É MAIS UMA REGRA, SUBJETIVA, CLARO!!...
Mas, caso minhas impressões nao tenham impressionado, não deixe de ler a critica especializada, certamente, terá uma motivação adicional...

Ao término fo filme, a vontade de degustar algo foi incrivel, fui para a cozinha e fiz algo, que também vale a pena ser partilhado:
Nessa ordem: azeite, alho, cubos de frango, ervas finas, pimenta do reino moida na hora, páprica doce, mel, castanhas, vinho tinto, talos de acelga, mais mel, mais vinho....
A carne branca ganha cor, a acelga absorve todos os sabores, ficou divino... comi com arroz branco e uma salade de acelga com hortelã... e uma taça de vinho branco.

FILME: Sombras de Goya...






cinema europeu,
a arte de Goya,
final do século XVIII e, Javier Barden.
Sombras de Goya, entra para a lista dos meus favoritos e possivelmente não sairá de lá... o retratar fatos históricos importantes do período já é, a meu ver, uma motivação que NUNCA pode ser negligenciada... aprendemos que de certa forma já fomos piores e melhores em outras fases.....no que há de pior, o filme é didátido: nos percebemos mais civilizados por termos colhido alguns frutos da obrigatoriedade dos lemas de uma revolução... (vide Revolução Francesa), nos faz sentir de novo e, mais uma vez como um soco no estômago, as barbáries da inquisição.... nos permite imaginar o que é perder uma vida por não se partilhar algo, não necessariamente uma crença, uma ideologia... no que há de melhor, o filme explora algumas decadências, mas acima de tudo, mostra as telas de Goya e a dependência do artista com o belo materializado nas formas de uma mulher...
a escolha do elenco, a(s) atuações de Natalie Portman, e a inevitável busca por Goya nas estantes, já salvariam o filme se todo o resto desagradar aos sentidos...
certamente há algumas ressalvas, mas não minhas.