segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

INDICAÇAO: Jane Austen, Orgulho e preconceito (livro e filme)

Há tempo vi o filme.  Há pouco terminei de ler o livro.
Tenho lido Jane Austen ... Dentre os lidos,  Orgulho e Preconceito (1813) é meu preferido, assim como de milhares de ingleses.
 O que mais me fascina na autora é a arte de escrever pintando, nos mínimos detalhes, detalhes mínimos!
A tônica de Austen é sempre a mesma, a relaçao de UM HOMEM e de UMA MULHER na sociedade rural inglesa do século  XIX e todas as venturas e desventuras que a rigidez e a hipocrisia das normas da época impunham.
 Ainda que ela descreva o desencanto existencial de mulheres e homens numa sociedade totalmente verticalizada e preconceituosa, em Orgulho e Preconceito prevalecem os encantos de um casal que se deixa seduzir pelo verbo  conjugado - como o título da obra sugere -  sempre na forma imperativa...
Austen domina de tal forma a arte de contar, que descreve o amor de Fitzwillian Darcy e Eizabeth Bennet  prescindindo de qualquer alusão ao toque, é o estado psíquico dos  personagens que nos permite mensurar a intensidade do desejo.... o que isso causa ao leitor? não indicaria a leitura se não valesse muito!!

Vi novamente o filme (2005), e tirando a forma caricata com que Bingley é representado por Simon Woodsum, e considerando que a  a atuação de Keira Knightley como Elizabeth as vezes nào convence, pelo menos para quem lê o livro,  o filme é um arraso na figura de  Matthew Macfadyen que encarna  Fitzwillian Darcy.
A fotografia, a trilha sonora e as locações mereceriam um post menos parcial... gostei muito!!

veja o trailler aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=Y6XneqkfD3c

Angela R.


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

COMPORTAMENTO: calmaria ...

A s vezes o quotidiano nos põe à prova das formas mais capciosas. Quando acontece, certezas vêem à tona como um insight de uma idéia inata.

 Independentemente de inatismos ou empirismos o fato é que nada pior que termos nossa liberdade tolhida seja pela ignorância do percurso seja pelas convenções sociais. O perder a direção e a impossibilidade de concretizar o não quero, realmente é algo perturbador.


 "Cada pessoa é  “a medida de todas as coisas”, como disse nosso primeiro filósofo . Por isso, cada pessoa sente um beijo carinhoso, o aroma do café, o vento nos cabelos, a leitura de um poema ou a audição de uma linda balada de amor, a luz macia de um luar, cada pessoa vive cada coisa de um modo único, e é ela quem saberá o prazer ou o não prazer do que está vivendo, pois cabe a ela mensurar o que vive, somente a ela... mesmo que adote as mesmas medidas de mensuração de uma outra pessoa." (PACKTER, 2012).




rodeada de excessos, nada melhor que a calmaria do meu autismo!!
Angela R.