terça-feira, 26 de julho de 2011

AMY WINEHOUSE: Moda e comportamento...






Há uns dois anos, sugeri como tema de pesquisa a uma orientanda do curso de bacharel em Moda, uma reflexão sobre a importância que - naquele momento - Amy Winehouse ocupava no cenário da Moda. Minha intenção não era obviamente fazer análise de figurino mas sim entender um pouco melhor como grifes tão "conceituadas" como a Chanel poderiam estar flertando com uma artista tão avessa a quaisquer regras, de etiqueta, de elegância, de compromisso, etc etc etc..... Foi uma das pesquisas mais deliciosas que realizei...




Naquele momento, via Amy Winehouse como a personificação do indivíduo pós-moderno. Para muitos a pós-modernidade é marcada pelo individualismo, hedonismo, ausência de regras claras de comportamento (ético, social, político, etc etc etc....) fim das ideologias universais, totalitárias, fim da dimensão do privado. A pós modernidade está sempre associada a comportamentos desencantados, que, paradoxalmenbte alimentam a espetacularização da vida em todas as suas dimensões.







Penso que Amy Winehouse ditava tendência de moda, nào pelo cabelo, pela maquiagem, ou pelas roupas isoladamente, mas sim pela forma como ela se construiu na sua totalidade: descontruindo, se desconstruindo. A moda anda meio carente de referências e apesar de expor através do corpo a vitrine do desencanto, Amy winehouse mostrava algo que encantava a muitos. A artista sempre me pareceu uma mulher silenciosa, que tinha na arte uma forma de gritar a contemporaneidade. Tinha algo de moderno e ter desejado que seus restos mortais se amalgamassem aos da avó, a tornam, na minha visão sempre romântica, ainda mais moderna.



Com tristeza,



Angela R.


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