quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

RITOS: sem eles não há passagem

Durante o ano de 2008 tive o privilégio de pensar acompanhada: Luciana Sandrin, Ana Banana, Marcela Versiani, Layane Tavares, Joseany, Luciana Avila, Júlio Oliveira, Natália Freitas e Isadora, todos, universitários do curso de graduação em Moda que confiaram a mim a finalização de seus trabalhos de conclusão de curso.

Com a Luciana Sandrin, tive o privilégio de pensar na moda sob uma perspectiva humana, muito mais humana que eu poderia imaginar. Traçamos um percurso que culminou em uma manual de estilo para mulheres mastectomizada no Hospital do Cancer de Barretos. O envolvimento da autora e a sintonia que estabelecemos foi extremamente gratificantes.

Com a companhia da Ana Banana revivi a delícia da simplicidade interiorana que fascina e nos cativa a cada conversa. Pensamos e muito, sobre editoriais de moda o que nos fez reviver o início da Bossa Nova e o nascer de um editorial lindo de morrer, de gemas brasileiras.

Marcela Versiani! querida, sempre querida. Não se acovardou quando sugeri que discutíssemos globalização, sociedade da informação e obsolecência planejada para só entao, chegarmos onde ela realmente queria: o universo Kistch. O resultado foi simplesmente lindo, mostrarei algo no momento oportuno, como tudo aqui. Foi 10, a nota da banca também!!

Layane Tavares, em cada abraço, me sentia reabastecida. Falamos sobre fotografia. Amei orientar esse trabalho, talvez eu e ela, apenas nós, demos 10 a ele. Mas pelo tanto que curtimos Richard Avedon e pela crítica (ai que delicia que foi) aos excessos dos editores de imagens digital foi muito mais que mil. Que trabalho de fôlego, lindo.

Joseany, me deu o imenso prazer de pensar na moda de uma forma inteligente, pouco previsível. Discorremos sobre Amy Winehouse na tentativa de entender porque uma das cantoras mais LOUCAS da atualidade é tida como referência e temdência de moda. Sem sermos tendenciosas eis a nossa conclusão: é a postura hedonista e pós-moderna da cantora que nos repudia e nos encanta tanto!!

Luciana Avila, quanta energia. Ela sempre me abastecia de palavras, gestos, e encantamento. Me levou para o universo country e arrasou na passarela. Com o conceito de tempo ( tic tac, tic, tac, tic tac.......) brincou com a idéia de ritos de passagem, do movimento cíclico da moda. E o relógio parece nunca parar.


O Julio Cesar me exigiu um retorno a uma infância sem Barby. Mas retornei e me vinguei dela. kkkkkkkkkkkk. Através de uma reflexão sobre a construção da identidade feminina brincamos de boneca, lemos revistas, vimos tv, cinema, e constatamos que a maldição da boneça loira, magra, esbelta, bem sucedida pode ser rompida. Basta que o corpo tenha mente!!

Com a Natália Freitas, foi complicado. Difícil transformar um trabalho sobre Body art e moda conceitual numa discussão tão sofisticada intelectualmente que, acreditem, culminou em Chico Buarque. Tatuagem, na voz de Elis Regina, com modelos vestidas de peles tatuadas, foi emocionante. Uma performance do corpo digna de mentes mais que performáticas!


Isadora e seus homens. Incomodada com a idéia de padronização e estereótipos também para os homens, me fez acreditar nela, refletimos sobre biotipo do homem no Brasil, sobre a ditadura que agora os acomete e finalmente, ela resolveu quebrar paradigmas. E quebrou, eu adorei. Homens comuns sem tanquinho na passarela, lindo isso!

Enfim, acabei de chegar da festa em que eles desfilaram suas idéias e suas criações! Foi um verdadeiro rito de passagem!!

Angela R.

(com o tempo, apresentarei melhor cada uma dessas pesquisas!!!!)

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